Professor de Stanford reconstruiu todo o passado geológico de Westeros e conseguiu traçar um histórico preciso. Conheça em detalhes algumas de suas teorias.
Miles Traer, pesquisador da Universidade de Stanford, decidiu usar seu conhecimento geológico para criar hipóteses sobre como teria sido a formação geológica de cada região do mundo de Game of Thrones. Visto que o planeta de Game of Thrones não possui um nome oficial, o pesquisador batizou-o de planeta Hodor.
Para ter uma estimativa do tamanho do planeta Hodor, o pesquisador começou com uma constatação básica: ele é grande o suficiente para ter um inverno extremamente rigoroso ao norte, mas também desertos quentes ao sul. Acontece que esse sul conhecido não representa o extremo sul do planeta. O mais provável é que ele se localize próximo à latitude de 30° ao norte, devido à movimentação atmosférica dessa região. É nessa latitude que os desertos da Terra se encontram. Para que a muralha não descongele, ela deve estar localizada aproximadamente na latitude de 66, 5° ao norte.
Estudos anteriores mostraram que a distância entre o sul conhecido (os desertos de Dorne) e a muralha é de 4830 quilômetros.
Com essas informações e fazendo alguns cálculos, Miles descobriu que o raio do planeta Hodor mede 6915 quilômetros. É apenas um pouco maior que a Terra, cujo raio mede 6371 quilômetros.
O título “As Crônicas de Gelo e Fogo” nos diz muito sobre o enredo dos livros — mas também pode estar relacionada à história geológica de Westeros. O cientista propõe que todo o norte do continente tenha sido coberto por uma espessa camada de gelo 40 milhões de anos antes dos eventos que se passam nos livros.
Essa camada de gelo teria até 1,6 quilômetros de espessura e se estenderia do norte até Porto Real. Uma espécie de era glacial do planeta Hodor.
As evidências físicas dessa “era do gelo” estão nas Montanhas da Lua, localizadas na região do Vale de Arryn. Somente uma glaciação de larga escala seria capaz de provocar uma erosão forte a ponto de planificar a região. O mesmo ocorre nas montanhas do norte, mas em menor escala.
É importante ressaltar que esse período não se refere à Longa Noite, citada diversas vezes na série e livros. A Longa Noite faz parte da história antiga de Westeros e se passa há apenas 8300 anos — bem mais recente que a era glacial suposta pelo especialista.
Sim, o planeta Hodor também teve uma pangeia. Segundo o professor, Westeros e Essos eram unidos em um único continente, assim como ocorreu na Terra.
Seguindo a velocidade de distanciamento dos continentes no nosso planeta (2,5 cm por ano), a separação teria ocorrido há 25 milhões de anos.
A maior evidência de que esse continente existiu são as similaridades geológicas entre a costa leste de Westeros e a costa oeste de Essos. Eles possuem os mesmos tipos de vegetação e minerais. Além disso, os dois continentes parecem poder “se encaixar”, assim como a África e a América do Sul.
O pesquisador também mostra evidências de que a separação teria se iniciado no norte e “rasgado” o continente até o sul. Isso ocorreu graças ao movimento das placas tectônicas. Elas também são responsáveis pela formação de montanhas e até mesmo pela perdição de Valíria.
Se você se interessou e gostaria de passar algumas horas analisando a geologia completa de todo o planeta Hodor nos mínimos detalhes, o professor possui uma área em seu site só para falar esses temas.Está aí um bom tema para ser debatido nas aulas de geografia.
Site do professor: http://milestraer.com/category/got-geology/






















